Músico itaperunense marca seu nome na história de Niterói

Foto: Marco Aurélio Brum Lopes

Motivo de orgulho para a cidade de Niterói, o Teatro Municipal de Niterói (Teatro Municipal João Caetano) é um dos palcos sagrados da arte no Brasil e referência no exterior. A arquitetura histórica é uma atração à parte, do ambiente que já serviu até mesmo como cenário para os filmes “Memórias póstumas”, “Villa-Lobos” e “O Xangô de Baker Street”. Pelo palco passaram grandes artistas nacionais e internacionais, que marcaram seus nomes na história do teatro e da cidade, consequentemente.

Conhecido e celebrado pelo grande público do interior do Estado do Rio de Janeiro, Valber Meireles conquistou a plateia do Teatro Municipal de Niterói na última quinta-feira (18), juntamente com sua banda, marcando definitivamente o seu nome na história do teatro e da belíssima Niterói. Com o espetáculo “Voajante”, o itaperunense arrebatou público e crítica, que puderam ‘voajar’ em versos harmoniosos, cuja melodia provoca sensações prazerosas; lembrança de outrora, que não se esquece jamais.

SHOW REPERCUTE EM REDES SOCIAIS

Imediatamente após o show, centenas de ‘curtidas’, fotos e comentários foram compartilhados no Facebook, bem como em outras redes sociais, dentre elas, o Twitter. O internauta Jailton Ferreira publicou o seguinte: “Eu e minha esposa, gostaríamos de agradecer pelo excelente espetáculo no Teatro Municipal de Niterói. Presenciamos um show maravilhoso, que nos levou numa viagem pelo que há de melhor na música popular brasileira. Muito obrigado!”.

O professor Francisco Pinheiro, também poeta e compositor, escreveu que o show foi completo e fez questão de registrar a sua alegria por tudo que viu e ouviu. “A obra poética de Valber, tem por característica ser uma fotografia lírica. Não só de um lugar, porém, de um tempo. Tempo e lugar no ser: sertão distante da máquina da cidade, das artimanhas do urbano. Por isso, essa pintura fala tanto ao coração de quem viveu ou vive essa realidade passada e tão presente. Aparente dicotomia, pois, mesmo estando, nos ausentamos. E mesmo ausentes, marcamos nossa presença. O estar e o ser se confundem nessa poesia de ritmo tão nosso, tão regional e, por consequência, tão universal. Fazer verso, cantá-los, é mister de jogral de fé, homem de voz possante e postura firme. Assim é Valber Meireles Meireles, um contraponto entre a singeleza de versos de pé de fogão e a austera posição de um soldado que vê além, muito além da multidão”.

Já o poeta José Luiz Sousa Santos presenteou o músico Valber Meireles, ao deixar registrado no Facebook do cantor, o poema ‘Voajem’, percepção poética sobre o show que continua encantando, mesmo após o final. “Cheiro de açucenas | Paisagens reinventadas | Da infância vivida | Canto de pássaros | Desalojados dos ninhos | Som guardado | Em um lugar | Onde o escutado | Vira memória | Lembranças de menino | Em solos de guitarra | Doçura de sentimentos | Que no peito cria garras | Um rio manso que corre | Fecundando o chão amigo | Murmúrio de toada | Que a cidade encanta | E o amor ensina | Ecoando pelas pedras | Das ruas de Itaperuna”.

FÃ DESCREVE ‘O ESTILO VALBER MEIRELES’

Aline Carla Rodrigues, professora e fã do músico Valber Meireles, também fez questão de registrar suas impressões sobre o show apresentado em Niterói. O texto “O estilo Valber Meireles”, publicado no Facebook, tem feito enorme sucesso. Confira!

Ao sentar-me em frente ao palco do Teatro Municipal de Niterói ouvindo a maviosa música de Valber Meireles sussurrei à minha alma: “Isto é real?”. Fiz uma retrospectiva da cultura itaperunense e de tantos músicos que nortearam meu ser, mas nada se comparava aquele momento mágico e graças a Deus, verídico. Sentia-me a mais feliz das cidadãs do “Caminho da Pedra Preta”, pois ouvia nossa história cantada de uma forma tão inusitada que disparava meu coração. Sabemos o quanto é difícil na trajetória de um compositor obter suas inspirações na boca de seus espectadores, e lá estávamos nós, cantando e aplaudindo um ser que nunca deixou de proclamar o seu amor por sua gente humilde e sua terra querida.

Valber Meireles com sua simpatia e musicalidade esbanjou alegria e nos trouxe esperanças de dias melhores ao nosso regionalismo. Sua banda tocou de forma grandiosa ao criar um estilo único que permeia todas as idades. Aproveitamos, cantor Valber, seu ritmo instintivo e orgânico na criação de um coletivo, com letra trabalhada, com poesia incorporada e acima de tudo, com muito amor e emoção. Meus amigos que ainda não conheciam o repertório do show saíram de lá extasiados, e todos pediam gentilmente bis.

Parabéns Valber Meireles! Diante da honra vem a humildade, e sua musicalidade torna nosso ouvido mais apurado. Nós itaperunenses temos muito orgulho de sermos representado com tanta maestria nesse Teatro, onde tantos ilustres compositores da MPB já se apresentaram. Que Deus muito o abençoe! Faça prosperar seu trabalho, honra e também sua humildade! Com carinho, sua fã Aline Carla.

VALBER MEIRELES

O multifacetado Valber Meireles, como fora denominado em outras oportunidades, é músico, cantor, compositor, poeta e escritor. Já teve o seu trabalho comparado a grandes nomes da música, como Zé Geraldo, Almir Sater e Zé Ramalho, no entanto, evita comparações.

Nascido em Itaperuna/RJ, cidade próxima aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, Valber Meireles é o principal representante da música regional naquele espaço geográfico. Suas canções trazem uma ‘pitada’ de Minas, proporcionando um charme todo especial ao variado repertório.

Valber Meireles lançou recentemente seu primeiro álbum duplo DVD/CD – Voajante – trabalho que leva o mesmo nome do show. “Caminho da Pedra Preta”, “Oásis”, “Cantos Mensageiros” e o CD “Nutricionista Amiguinho” (voltado ao público infantil), trazem impressos as marcas, a suavidade, os sonhos e a poesia do músico multifacetado, que já conquistou a admiração de diferentes gerações. Em outubro de 2013 o músico lançará o CD “Desenvelhecendo”.

Festivais – Apesar de não dispor de muito tempo para participar de festivais, Valber Meireles se destacou nas duas vezes que concorreu. No ano de 2003 ele venceu XV Festival da Canção de Cardoso Moreira/RJ, com a música “Oásis”. Em 2011, competindo com artistas de todo o Estado do Rio de Janeiro, ficou nas primeiras colocações do Festival SESI Música, na categoria ‘Composição Inédita’, com “João e José”.

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