O craque da Seleção e do Milan que esbanjou categoria em Itaperuna

DORNELAS, E. S.

Setembro, Edição 33, 2018

Itaperuna, RJ – O Projeto Personalidades, idealizado pelo escritor e jornalista Eusébio Dornellas, rende homenagens a um jogador de futebol que esbanjou categoria, atuando pelo Itaperuna Esporte Clube, além de grandes clubes do Brasil e do exterior, dentre eles, São Paulo e Milan, bem como se destacou na Seleção Brasileira.

Lembro-me da primeira vez que vi Serginho treinando no Estádio Jair de Siqueira Bittencourt (Jairzão), nos primeiros anos da década de 1990, preparando-se para o início do Campeonato Carioca. Serginho atuou pelo Itaperuna em 1992 e 1993.

Ao final do treino, aproximei-me do então atacante Índio e perguntei quem era aquele lateral-esquerdo, que toda hora ia ao ataque, demonstrando uma habilidade diferenciada. “É um tal de Serginho, veio do Paduano”, respondeu Índio sem imaginar o quê a história reservava para o ‘tal’ do Serginho.

Sérgio Cláudio dos Santos, ou simplesmente Serginho, nasceu em Nilópolis/RJ, em 27/06/1971. Era discreto, calado e, dentro de campo, jogava muita bola.

Outro fato marcante em relação ao atleta quando esteve em Itaperuna, foi uma frase praticamente profética que ele proferiu. Estávamos numa lanchonete anexa ao Jairzão, alguns jogadores profissionais, além de alguns garotos da base, quando em meio à conversa, com muita naturalidade e sem arrogância, Serginho disse o seguinte: “eu não nasci para jogar em clube pequeno”. Um breve silêncio tomou conta do recinto… Segundos depois, a turma voltou a conversar normalmente, e, não demorou muito para que aquela frase fizesse todo sentido.

Em 1994 ele foi para o Bahia e, com boas atuações, despertou a atenção do todo poderoso Flamengo. No time rubro-negro não teve muitas chances e, não demorou muito, Serginho foi negociado com o Cruzeiro. Destaque no time mineiro foi negociado em pouco tempo com o São Paulo. Na época o tricolor paulista cedeu os jogadores Ronaldo Luís, Gilmar, Vitor, Donizete e Palhinha, em troca de Serginho e Beletti.

No São Paulo, Serginho simplesmente arrebentou, tornando-se um dos melhores laterais do País, tendo como forte concorrente, Roberto Carlos. Em 1998, Serginho foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, vestindo a camisa amarelinha em inúmeras oportunidades, até 2001.

Quando estava com 32 anos, Serginho pediu dispensa da Seleção Brasileira por achar que estaria velho demais e que não teria chances de disputar uma Copa do Mundo. Uma decisão que posteriormente levou o atleta ao arrependimento.

Serginho ainda continuou a jogar em alto nível, inclusive, no Milan, onde fez 281 jogos e 24 gols. Além de um título italiano, Serginho tem em seu currículo os títulos da Copa da Itália (01), Supercopa da Uefa (02), Liga dos Campeões (02) e Mundial de Clubes (01). Pela Seleção Brasileira foi campeão da Copa América em 1999.

A última temporada pelo time italiano foi 2007/2008. Pouco tempo depois, tornou-se consultor do Milan, trabalhando inclusive, observando atletas. Além dos títulos jogando pelo Milan e pela Seleção Brasileira, já citados, Serginho sagrou-se campeão pelo Bahia (Campeonato Baiano – 1994) e São Paulo (Campeonato Paulista – 1998).

O site Itaperuna News presta esta singela homenagem ao craque Serginho, que fez parte de um dos melhores times do Itaperuna Esporte Clube, vindo a se tornar um dos melhores jogadores da posição, ídolo dos milaneses e personalidade cativa em nossas mentes, quando o assunto é o bom futebol. Obrigado por fazer parte de Itaperuna!

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