DORNELAS, E. S.
Novembro, Edição 35, 2018
Itaperuna, RJ – Ao final da última sessão da Câmara Municipal de Itaperuna – ano de 2016 – o então vereador eleito Carlos Alintor Bandoli Boechat (Cazalito), referiu-se ao seu irmão, Rogério Bandoli Boechat (Rogerinho), não como vice-prefeito, mas, como o “prefeito número 2”, devido a importante atuação de Rogerinho como vereador nos últimos anos.
Dentre as lutas de Rogerinho, destacaram-se a oposição às taxas de lixo e iluminação; críticas fundamentadas em relação ao aumento do IPTU; manteve-se firme diante de suas convicções sobre assuntos polêmicos, como nepotismo e altos salários; dentre outras ações mais, que ele batalhou em prol da população.
Defensor aguerrido sobre o valor disponibilizado pela Prefeitura de Itaperuna, para pagar os serviços referentes à coleta de lixo (um dos marcos do seu mandato), lembrava-se sempre durante seus discursos da sua luta pessoal por valores mais baixos. Realmente, o vereador Rogerinho teve uma participação bastante ativa durante os quatro anos na Câmara Municipal, marcando definitivamente o seu nome na história do município.
Rogerinho foi um opositor presente e imprimiu sua marca na Câmara, valendo-se de seus posicionamentos firmes, defendendo suas ideias e convicções com unhas e dentes, sem medo algum de buscar aquilo que pensava ser o melhor para o município. Sobressaiu-se consideravelmente na Casa – e com méritos – conquistando vitórias importantes para o grupo político no qual faz parte, bem como para a sociedade, em situações pontuais.
A economia referente ao valor cobrado pela coleta de lixo foi uma importante vitória para Rogerinho e principalmente para os munícipes. Sem dúvida alguma, outra conquista reduzindo ainda mais esse tipo de despesa junto à nova administração, será um ‘gol de placa’ de quem a sociedade espera uma atuação bastante atuante e decisiva nos próximos quatro anos.
E por falar em ‘gol de placa’, Rogerinho é muito mais do que um vice-prefeito, ou ‘prefeito número 2’, como prefiram…
Tanto no meio político, onde atua como verdadeiro ala (apoiador e por hora, decisivo), inclusive dando ‘assistência’ e marcando ‘gols’; quanto na sua primeira atividade, quando defendeu as cores do inesquecível Porto Alegre Futebol Clube, como jogador de futebol profissional.
O Projeto Personalidades, idealizado pelo escritor e jornalista Eusébio Dornellas, recentemente fez algumas matérias sobre jogadores de futebol que atuaram pelo Itaperuna Esporte Clube e pelo saudoso Porto Alegre. Dentre as matérias, “O craque da Seleção e do Milan que esbanjou categoria em Itaperuna”, referindo-se ao ex-jogador de futebol Sérgio Cláudio dos Santos, o Serginho; além das matérias “Alexandre Guerreiro: o algoz do poderoso Flamengo”; “Barata: inesquecível em Itaperuna, Espanha, Portugal e por onde jogou” e “Cacaio Futebol Clube”.
Falar de Rogerinho é trazer à memória, o futebol de outrora que os anos não trazem mais. É buscar na memória recortes de uma história belíssima, que revela o time do Porto Alegre, campeão Carioca no ano de 1985 da 3ª Divisão do Campeonato de Futebol Profissional do Estado do Rio de Janeiro.
É trazer à tona personagens como Júlio César, Chicão, Déo, João Carlos, Júlio Lírio, Índio, Waltinho, Almir, Zé Luiz, Fernandão, Neneca, Idê, Danilo, Adãozinho, Alexandre Guerreiro, Isidoro, Bira, Tornado, Jorge, Chita e tantos outros. É enaltecer toda uma geração de atletas que sai da esfera amadora do futebol regional (de alto nível, diga-se de passagem), para galgar um degrau a mais, levando o Porto Alegre ao futebol profissional, bem como se sagrando campeão da 3° Divisão em 1985.
Ano em que brilhantemente o Porto Alegre foi deixando um rastro de vitórias, enfrentando adversários como Tamoyo Esporte Clube, Flamengo de Volta Redonda, Associação Atlética XV de Novembro de Araruama, Cruzeiro Futebol Clube, Canto do Rio Foot-Ball Club, Olympico Futebol Clube, Central Sport Club, Tomazinho Futebol Clube e Heliópolis Atlético Clube.
Rogerinho teve importante participação durante a conquista da 3° Divisão do Campeonato de Futebol Profissional do Estado do Rio de Janeiro, bem como da rápida ascensão do glorioso Porto Alegre que chegou até a 2° Divisão do Campeonato Carioca no ano seguinte e, em 1987, já estreava na 1° Divisão do Carioca, enfrentando Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense, Bangu, America e demais clubes da elite carioca.
Não há dúvidas de que o timaço comandando por Rogerinho e companhia marcou o nome do Porto Alegre na história do futebol carioca. São poucos registros daquela época, mas, mesmo assim, fomos buscar documentos oficiais que narrasse algum fato relacionado àquela época vitoriosa. E, conseguimos uma matéria da Revista Placar de 21 de julho de 1986, assinada por Alceste Pinheiro, que rendeu uma belíssima foto do time do Porto Alegre aos pés do nosso Cristo Redentor.
Na matéria, algumas referências sobre o título da 3° Divisão, cuja campanha assinalou apenas três derrotas durante aquela competição, para Tomazinho, Central e Flamenguinho. O texto ainda revelou toda a expectativa do clube e da cidade de Itaperuna, que no ano de 1987, teria a possibilidade de ver o time na elite do futebol carioca.
Parabéns, Rogerinho, por ajudar a escrever essa linda história do futebol itaperunense! Você e os atletas daquela época merecem os nossos aplausos (e de pé). Ao político Rogério Bandoli Boechat… Itaperuna espera ainda muito mais de você! Boa sorte nesta nova empreitada e que os aplausos possam ser repetidos no futuro, quiçá, de pé… Mais uma vez, boa sorte!